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"A mente que se abre a uma nova ideia, nunca voltará ao seu tamanho original."

Albert Einstein

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Jogo de Percurso - Professora Daniela Aparecida Olivo

           Para inserir atividades com jogos de percurso,primeiramente na roda, perguntei se as crianças conheciam e tinham jogado.Em um primeiro momento percebi que eles nunca tinham ouvido por esse nome e quando comecei a explicar o jogo,sabiam do que se tratava e alguns já tinham jogado com amigos ou irmãos.A partir disso,apresentei o jogo das tartarugas,expliquei como se jogava e deixei todos jogarem.Isso foi feito na roda para que todos participassem.
 
                                              

      
           Após o jogo da tartaruga,em um outro momento, apresentei alguns jogos de percurso para irem jogando em pequenos grupos.Esses jogos ainda não tinham numeração e nem obstáculos.





  
           Para a confecção do jogo de percurso com a classe,primeiramente quis apresentar alguns temas e os escolhidos foram “Meio Ambiente” e “Trânsito”.Na roda,fiz a leitura de vários livros que foram debatidos e também assistimos um vídeo “Bichos no trânsito”( é um vídeo da Ford que aborda aspectos do trânsito com fantoches de animais)
 



           Após a apresentação de todos esses materiais ,apresentei o jogo de percurso” Trilha Ecológica”,onde na roda, conversamos sobre as diferenças e semelhanças em relação aos outros jogos.Posteriormente ,em grupos de 3 alunos ,fui explicando as regras e eles foram jogando. Meu objetivo era que eles tivessem contato com um jogo com regras,números do percurso e também com desafios que pediam para avançar ,voltar ou ficar sem jogar.A classe toda jogou em grupos.     Acompanhei e orientei cada grupo e a cada desafio, eu fazia a leitura para que concluíssem.Foi muito interessante observar tanto os alunos do infantil I como o II contarem as bolinhas do dado e contarem as casas as casas para avançar ou retroceder.
        
                             


          
                                             MONTAGEM DO JOGO COM A CLASSE
           Iniciei conversando na roda sobre a montagem do nosso jogo de percurso,expliquei que nosso jogo seria sobre trânsito.Trouxe os números impressos de 1 a 30,fizemos a leitura e depois  as crianças pintaram os números.
           Em um outro momento,trouxe os números recortados e na roda expliquei que teríamos que montar o nosso percurso,fizemos algumas tentativas e juntos conseguimos montar e depois colei no tabuleiro.      A montagem foi feita em papel cartão.
                

                   
           Inicialmente ,o jogo não teve desafios( avançar e voltar casa),jogamos assim,toda a sala em grupinhos de 3 crianças.



 
           Após todos terem jogado ,conversei com a classe para que colocássemos alguns desafios no jogo e eles gostaram da ideia.Para a escolha dos desafios,fui perguntando o que era correto no trânsito e quais atitudes deveríamos ter.Foram dadas várias opiniões como: “Atravessar na faixa”,”Parar no sinal vermelho”,”Colocar cinto,andar no banco de trás e na cadeirinha”,”Não dirigir falando ao celular”,”Andar de bicicleta usando equipamentos”,etc. Após a listagem,escolhemos quatro desafios,arrumei ilustrações referentes aos desafios,os alunos pintaram,colamos e jogamos novamente.A próxima etapa seria dar um nome ao nosso jogo e em roda surgiram várias sugestões,algumas sem relação com o tema” Trânsito”.A classe teve dificuldade para falar um nome,só a aluna Michele falou “A trilha do trânsito” e resolvi acrescentar a palavra saudável explicando seu significado, eles gostaram e então o nome do jogo ficou “ A trilha do trânsito saudável”.

          Quando o jogo estava pronto,as crianças jogaram em grupos de 3 alunos e conforme caíam nas casinhas com os desafios,eu fazia a leitura e eles faziam o que era pedido,foi um pouco difícil eles entenderem ,mas depois da primeira jogada ficou mais fácil.Surgiram alguns conflitos,eles querem sempre vencer,mas consegui resolver no mesmo momento.Em um primeiro momento,fiz os grupos com o infantil I e depois com o II e depois deixei que formassem misturando,o que foi interessante porque os maiores auxiliavam os menores na contagem do dado e das casas.Em algumas jogadas fiz intervenções perguntando  quando já estavam próximos do final,quantas casas faltavam para ganhar ou que número do dado precisava tirar para vencer o jogo.Alguns alunos do infantil II conseguiram responder contando as casas que faltavam.
                           



                        
           Finalizando o relato,as crianças conseguiram jogar entendendo as regras do jogo e acredito ter conseguido atingir o objetivo proposto: confeccionar com a classe o jogo e aprender a respeitar as suas regras.Não foi um trabalho fácil mas foi possível graças a ajuda da professora Magda e da minha coordenadora Adriana,que também participam do curso,e que mesmo estando em outra unidade escolar,me ajudaram muito.Esse jogo irá participar da 1ª MOSTRA EDUCACIONAL da escola em que trabalho com o 2º ano e também irei desenvolver jogo de percurso com essa classe( 2º ano) como trabalho para a Rota da educação.
  

  




sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Jogo de Percurso - Professora Camila Meirelles

Sequência didática - Jogo de Percurso
"Os três porquinhos"

Atividades realizadas


- Intertextualidade:

* Leitura da história "Os três porquinhos";


* Apreciação de versões da história através de curta metragens da Disney e de desenhos animados de canais infantis;

* Leitura da versão da história "Os três porquinhos";

            Após a leitura conversamos sobre os recursos utilizados pela autora para enriquecer a narrativa. Conheceram outras formas de se utilizar a escrita.
            Todos ficaram encantados com a história e prestaram muita atenção aos detalhes.
            Em um outro momento realizaram uma atividade dirigida e quiseram pintar com as mesmas cores dos porquinhos desse livro!

* Leitura do livro: "Os três porquinhos malcriados e o lobo bom";

              Após a leitura realizamos reflexões sobre as versões já ouvidas da história, sobre suas semelhanças e diferenças: quantidade de porquinhos, tipos de casas, utilização do caldeirão...
            Nem todas as crianças opinaram, de imediato, mas ficaram atentas aos comentários que estavam sendo realizados.

* Leitura do livro: "Os três jacarezinhos";

            Logo após ler a sinopse as crianças já associaram a história a sua versão original.
            Após a leitura expuseram as semelhanças e diferenças.

* Contação de história através do avental:
            Iniciei contando, mas depois as crianças assumiram, naturalmente, a narração.

(Crianças imitindo o lobo soprando a casa)

- Atividades dirigidas:

*Quebra-cabeça;
*Sequência lógica;
*Colagem;
*Pintura;
*Desenho;
*Dobradura.

- Levantamento dos conhecimentos prévios sobre jogo de trilha ou percurso:
            Apenas um aluno disse saber e conhecer. Ele explicou que viu na televisão que esse era um jogo que tinha que passar por um caminho.
           Apresentei a eles as minhas trilhas e esse mesmo amigo fez a seguinte comparação: "Prô é uma trilha mesmo, esse seu jogo parece as linhas do trem, o caminho que ele tem que percorrer!"
            Expliquei as regras e todos brincaram com entusiasmo.
            Repetimos algumas vezes esse jogo. Todos adoraram!




- Confecção do jogo:

            Apresentei outros modelos de jogo de percurso (sobre higiene e festa junina). Deixei com que brincassem; com a minha orientação e supervisão.
            Depois dessas vivências, propus que iniciássemos a confecção do nosso próprio jogo de percurso, que seria sobre a história dos Três Porquinhos.
            Fiz as casas no computador e cada criança coloriu um número.
            Sugeri os textos das casas de avanços e obstáculo e eles concordaram. Me baseei em pontos fortes da história.
            As crianças também pintaram alguns desenhos para ilustrar o percurso.
            Opinaram sobre como seria a disposição das casas, de como poderia colar.
            Em princípio queriam que fosse "em curva" (como os jogos de percurso que havia apresentado). Comecei a colocar as casas sobre o papel cartão para ver se daria certo; eles perceberam que não caberia. Então sugeriram fazer "subindo e descendo". Tivemos assim a nossa 1ª resolução de problema!

 

            Percurso pronto, a próxima etapa seria a confecção dos peões, mas a ansiedade das crianças era imensa e eles pediam, a todo momento, para jogar.
            Um aluno sugeriu que pegássemos pecinhas da sala e outra amiga completou sugerindo que fossem nas as cores "vermelho, verde e azul", fazendo referência as cores dos porquinhos de uma das versões contadas - 2ª resolução de problemas!


        
            Confesso que não fiquei muito satisfeita com o resultado final do percurso; achei muito poluído visualmente. Mas parei de me preocupar quando o primeiro trio jogou. Eles compreenderam o caminho e ainda reclamaram que não tinha muitos lobos!
            Percebi que o jogo tinha significado para eles, que quanto mais imagens, mais tinha a participação deles, mais se sentiam "criadores" do jogo.
            Alguns trios jogaram, todos aprovaram o jogo, mesmo sem os peões que planejei.
            Depois dessas vivências encontrei um problema!
            Durante o planejamento da sequencia didática, a minha parceira Daniela Novelli sugeriu confeccionarmos os peões com garrafas de leite de 1l, já que cada casa seria em um folha sulfite. Mas, em um outro momento, resolvi diminuir as casas e realizar o percurso em um papel cartão a fim de utilizar um espaço menor para jogar e para guardá-lo. Com isso os peões também diminuiriam e utilizaria garrafas de achocolatado.
            Começamos a confecção após ter feito as alterações no planejamento inicial. Fiquei satisfeita, principalmente, com o tempo reduzido da construção.
            Mas, enquanto brincavam percebi que teríamos um problema com relação aos peões. Se mais de 1 jogador caísse na mesma casa, os peões não caberiam!
            Primeiro pensei em alterar os peões por conta própria, mas depois mudei de ideia e pensei em deixar assim para criar uma situação-problema para eles!
            Retomamos as atividades da sequência, confeccionando os peões e jogando, enfim, com o jogo completo.

           


            Acompanhei a jogada do primeiro trio, ansiosa para acontecer o problema que antecipei. Mas, fui surpreendida pois outro problema surgiu.
            Enquanto jogavam, os peões ficavam caindo. Estavam muito leves. Propus que pensassem em uma forma de resolver isso!
            As crianças não percebiam, mesmo com a minha intervenção, que os peões precisavam ficar pesados. Precisei salientar que estavam muito leves e precisávamos torná-los pesados.
            Só após esta fala uma aluna disse, com muito entusiasmado, que podíamos colocar pedras para deixá-los pesados! Muitas crianças estão na fase de pegar pedrinhas no parque para levar para casa. Então, de forma espontânea, saíram da sala e foram buscá-las. (3ª situação-problema resolvida).

            O engraçado é que vários trios jogaram e não aconteceu nenhuma vez a situação de cair na mesma casa. Mas, no segundo dia aconteceu; logo na primeira partida!
            Um dos jogadores disse que teríamos que colocar um peão em cima do outro. Testou sua sugestão e os peões caíram.
            Em seguida, outro jogador pegou os dois peões e arrumou-os de forma que couberam. Mas aí questionei sobre o que fariam se o próximo jogador também caísse naquela casa.
            Diante da falta de ideias, propus que criássemos uma regra. Um amigo propôs que voltasse para a casa anterior, mas uma amiga o interrompeu dizendo que "assim seria ruim, era melhor ir pra frente"!
            Fizemos uma rápida votação sobre qual seria a regra escolhida e a maioria quis a de avançar a casa da frente!
            Infelizmente são poucas as crianças que se interessam em pensar e propor soluções, mas o que tem me entusiasmado é que as crianças que estão participando estão cada vez mais envolvidas e demonstrando avanços em seus raciocínios.
            Acompanhei todas as partidas e realizei várias problematizações (que número teriam que tirar para empatar, passar a frente, ganhar) e as crianças respondiam com rapidez e êxito. Mas me surpreendi com o raciocínio de um amigo (que tem se destacado desde a sequência didática da amarelinha) ao observar a jogada do peão que estava na casa 16 e que seria o próximo a jogar o dado. Veja a situação abaixo:

 

            Perguntei: "Qual número o amigo terá que tirar para ganhar?". E rapidamente ele disse "2"! Fiquei assustada e desconfiada se ele realmente tinha entendido. E ele mostrou com o dedo, que "como os outros estavam na frente, faltavam 2 casas".         Nenhuma outra criança argumentou como ele. A maioria disse que se ele tirasse 6 (por ser um número alto) ganharia.
            Essa situação me despertou o interesse em criar uma resolução de problema com registro pictórico (como a proposta pela professora Elisiane durante a sequência didática da amarelinha):
            "Um porquinho está na casa 16, o outro na 17 e o outro no 18. Que número o porquinho da casa 16 precisa tirar para chegar a casa 19?"
            Tinha certeza que a maioria não conseguiria dar uma resposta correta, mas sinceramente, estava curiosa em ver como esse amigo se sairia fora da situação concreta e ele novamente me surpreendeu!
            Resolveu o problema mentalmente.Seu desenho não ficou muito claro, mas sua resposta foi precisa: "Tem que tirar 1 porque as outras casas estão ocupadas!"

            Mesmo ele sendo o único a "pensar" na solução, todas as crianças desenharam o jogo. Em todos os desenhos haviam porquinhos. Até mesmo a minha aluna deficiente auditiva compreendeu que estávamos realizando uma atividade do jogo de percurso e desenhou porquinhos!
            Dois desenhos me chamaram a atenção, pois as crianças fizeram os porquinhos com formas geométricas, assim como os nossos peões!



            Após todos apresentarem seus desenhos e "explicar" suas respostas na roda, fiz o problema no concreto.
            Antes de demonstrar as soluções possíveis, um aluno observou o jogo e disse: "Tinha que desenhar o número 3".
            Diante da sua fala, respondi que ele estava certo, mas que havia mais de uma resposta. Fui interrompida por aquele primeiro amigo (que acertou no registro pictórico) que explicou que "os números 1, 2 e 3 serviam"!
            Adorei a experiência!
            Encerramos a sequência didática com o desenho da vivência.

           Mais uma sequência bem sucedida. Estou muito satisfeita com os resultados obtidos!

Jogo de Percurso - Professora Magda Roberta de Souza


O trabalho começou com a conversa na roda. Perguntei se conheciam jogo de percurso, se sabiam o que era. Algumas crianças disseram que sim, outras que não, mas tiveram dificuldade em explicar como se jogava.
Em roda mesmo, mostrei o jogo percurso da tartaruga, que é grande, sem números, sem obstáculos, apenas joga o dado e vai andando a quantidade indicada no dado. Três crianças de cada vez jogaram, as outras ficavam em roda observando. O jogo não demora muito para acabar, por isso é possível fazer em roda, pois quem observa não se cansa. Essa atividade foi realizada algumas vezes.




Uma outra versão do jogo de percurso com três trilhas também sem número e sem obstáculos. As crianças brincaram na mesa em grupos de três algumas vezes.
A próxima etapa era a introdução de um jogo de percurso com números, obstáculos. Antes de iniciar o jogo fiz a leitura do livro: Reciclando com os coelhinhos da autora Ingrid Biesemeyer Berllinghausen. Após a leitura conversamos sobre assuntos tratados no livro, essa leitura foi importante porque o jogo de percurso a seguir era a Trilha Ecológica.
Em roda apresentei o jogo Trilha Ecológica, conversamos principalmente sobre as semelhanças e diferenças desse jogo com relação aos outros dois que nós jogamos.
Em grupos menores de 3 ou 4 crianças fiz a explicação novamente das regras da trilha e jogamos. Desde a primeira jogada eles foram contando a quantidade tirada no dado, isso eles fizeram todas as vezes que jogaram.
Jogamos algumas vezes a Trilha Ecológica, o meu objetivo é que eles tivessem contato com o jogo, as regras, os números do percurso e também com a linguagem dos desafios que pediam para avançar casas ou voltar casas e também ficar uma rodada sem jogar.



Enquanto eles jogavam a todo momento eu acompanhava, orientava e fazia a leitura dos desafios, nas primeiras vezes eu explicava o significado, depois eles já sabiam e faziam o que era pedido. O jogo no máximo tinha quatro crianças. Eles contaram as bolinhas do dado todas as vezes que jogamos e também em muitas vezes contavam a casinha em que estavam para avançar.
Após esse contato com jogo de percurso, iniciei o trabalho para montarmos o nosso jogo. O tema escolhido foi trânsito.
Fiz a leitura em roda do livro: O trânsito no mundinho da autora Ingrid Biesemeyer Bellinghausen. O livro mostra dez leis de trânsito, durante a leitura fui explicando o que significava cada uma das leis. Após a leitura conversamos sobre as leis mostradas e a importância de obedecê-las. Durante a conversa alguns comentários foram feitos: “Meu pai dirige bebendo cerveja”; “Meu pai passou o sinal vermelho e eu disse que o vermelho era pra parar”; “Lá na rodoviária e na rua da minha igreja tem esse semáforo”( a criança estava se referindo ao semáforo de pedestre). Foi importante para perceber que muitas crianças estão atentas ao que ocorre no trânsito e em volta delas, mesmo que elas não compreendam a maioria das leis, mas algumas regras básicas elas já entendem.
A próxima atividade foi conversar sobre a montagem do nosso jogo, expliquei que o tema do nosso seria trânsito e trouxe os números impressos, fizemos a contagem colocando-os em ordem e depois as crianças os pintaram.
Trouxe em seguida um vídeo: Bichos no Trânsito, que tem menos de vinte minutos de duração. Ele é da empresa Ford, mas aborda aspectos do trânsito com fantoches de animais. Conversamos sobre o vídeo.
Antes de montar o jogo de percurso com eles, fiz algumas tentativas para ver como ficaria o formato do jogo, tentei algumas possibilidades que não deram certo, por causa do formato dos números, o jogo teve que ter um formato que lembra a letra M.
O jogo foi montado em uma folha de cartolina, fiz a montagem em roda pra eles verem, depois que ficou confirmado o formato, colei os números.



O primeiro contato que eles tiveram com o nosso jogo de percurso foi assim sem desafios, apenas o percurso para ser percorrido de acordo com a quantidade tirada no dado. Todas as crianças jogaram em grupos de 3 ou 4 crianças por vez. Após o jogo conversamos sobre o que acharam, a maioria gostou do jogo.


A próxima etapa foi dar nome para o nosso jogo, em roda, eles deram várias sugestões, mas mesmo eu lembrando que o tema era trânsito, muitos deram nomes que não tinham nada a ver com o tema. O Daniel sugeriu Trilha do Trânsito, sugeri para acrescentar a palavra divertida. Perguntei para as crianças se concordavam e todos concordaram, o nome do jogo ficou: Trilha Divertida do Trânsito.
Para a escolha dos desafios do nosso jogo, fui perguntando o que era correto no trânsito, quais atitudes que deveríamos ter. As crianças falaram algumas coisas e disseram que não pode ficar de pé no ônibus escolar. Achei legal usar uma atitude muito próxima do cotidiano deles, pois a maioria das crianças da sala vai de ônibus escolar fornecido pela prefeitura para escola. Como o primeiro desafio era para avançar elaborei assim: Você ficou sentado no ônibus escolar avance 3 casas. Falaram também do semáforo e o desafio ficou: Você não respeitou o sinal vermelho espere 1 rodada. O outro desafio foi sobre o cinto de segurança e ficou assim: Não usar o cinto de segurança é errado volte 2 casas.
Quando os desafios estavam elaborados, os escrevi no jogo e depois todas as crianças jogaram em grupos de 3 ou 4 crianças por vez. Conforme eles caiam nas casinhas que tinham os desafios eu fazia a leitura e as crianças faziam o que era pedido. Mesmo quando tinha que ficar uma rodada sem jogar, alguns faziam uma cara de que não gostaram, mas não reclamaram e esperaram a rodada seguinte para voltar ao jogo. Eles querem vencer, são competitivos, mas conseguiram respeitar as regras do jogo. Os que perdiam não brigaram, ficavam na hora um pouco tristes mas já iam fazer outra coisa e tudo ficava bem. Eles jogaram algumas vezes dessa maneira.


Em um outro momento fiz a proposta na roda de acrescentarmos mais um desafio, perguntei sobre o que poderíamos falar, alguns disseram assuntos que já estavam escritos, como o cinto de segurança. Uma das crianças lembrou de uma das leis do livro O trânsito no mundinho que criança só podia andar na rua com adulto. Então acrescentei o desafio: Você criança atravessou a rua acompanhada por um adulto avance 1 casa.
Acrescentei o desafio no nosso jogo e novamente todos jogaram. Durante as jogadas observei que continuam a contar as bolinhas do dado e que às vezes se confundem e contam a casinha em que estão para avançar o número tirado no dado. Também perguntei, quando já estavam próximos do final, quantas casinhas faltavam para cada um terminar o jogo, a maioria conseguiu responder. Em seguida perguntei se com uma jogada do dado era possível ganhar, se a quantidade de casinhas que faltavam dava para ser tirada no dado, a maioria não conseguiu me responder. Depois que eles respondiam fui mostrando quais números tinham que ser tirados para eles ganharem e também quando que era necessário mais de uma rodada para eles terem chance de ganhar.
No final as crianças conseguiram jogar e entenderam as regras do jogo de percurso. Tem alguns aspectos que poderiam ser melhorados como não precisar contar as bolinhas do dado, não contar a casinha onde está para avançar e a questão dos números do percurso que às vezes confunde as crianças. Acredito porém que apesar desses aspectos, conseguimos atingir o objetivo proposto para o momento que era a elaboração do jogo e saber jogá-lo.
O trabalho realizado não foi fácil, muitas vezes tive receio de não conseguir, mas tive a ajuda da minha coordenadora Adriana e também da professora Daniela que trabalha na mesma escola que eu e está fazendo o curso.

O trabalho com jogo de percurso foi tão positivo que na 1ª Mostra Educacional da minha escola, terá uma oficina de jogo de percurso, onde as crianças de qualquer ano juntamente com um responsável poderá montar o seu jogo de percurso. 

Jogo de Percurso - Professora Luciana Leia Serino

Percurso da nossa escola até o parque da praça do nosso bairro...

Iniciamos com uma roda de conversa onde foi perguntado às crianças se elas sabiam o que são jogos de percurso ou trilha.
Algumas crianças já conheciam esse tipo de jogo pois já haviam brincado com seus irmão mais velhos.
Após essa conversa, foi enviado aos pais uma pesquisa pedindo que mandassem algum jogo de percurso ou trilha que tivessem em casa para que pudéssemos comparar semelhanças e diferenças.
Infelizmente nenhum pai enviou os jogos.
Por esse motivo a professora trouxe alguns exemplos de jogos de trilha e com isso houve uma roda de conversa para conversar, observar e jogar.
As crianças escolheram dois jogos que jogamos coletivamente em roda e mais tarde nos cantinhos.
Depois, em roda, foi proposto a turma que confeccionássemos o nosso próprio jogo.
Em meio a discussão, a professora lançou o tema “Trânsito”. As crianças propuseram fazermos um jogo relacionado com um filme de que eles gostam muito, chamado “Coraline”. Neste filme existe um túnel dentro da casa da Coraline que a leva até a casa da bruxa. Não há cenas que se passam na rua. Por esse motivo, foi acordado que faríamos em outro momento o jogo com esse tema.
Depois de algumas conversas, decidimos que faríamos um jogo de percurso de trânsito da nossa escola até o parque da pracinha do bairro.
A partir daí, decidimos que o percurso seria em forma de “cobra”, que haveriam carros, ônibus, crianças, uma placa de PARE e faixa de pedestre (que há no caminho da rua da escola até a praça com o parque).
As crianças registraram os numerais de 1 a 30 (casas do jogo) desenharam e pintaram as partes do jogo. Em seguida, montamos o jogo e brincamos bastante.
Foi muito divertido!
  

EMEB “DOM MARTINHO ROTH”

Profª Luciana Leia Serino